Maria Quitéria de Jesus
Quando falamos da participação feminina no 7 de setembro, esse é provavelmente um dos nomes mais conhecidos. Desejando participar das lutas contra tropas portuguesas na Bahia, seu estado de nascença, Maria Quitéria se vestiu de homem para que pudesse integrar o exército. Descoberta, ela acabou sendo aceita por conta de suas habilidades em montaria e tiro ao alvo.
Apesar da declaração de Independência realizada por D. Pedro I em São Paulo, a Bahia seguiu tendo conflitos até julho de 1823. Maria Quitéria foi condecorada como heroína de guerra e se tornou símbolo de resistência e empoderamento, inclusive durante os anos da Ditadura Militar.
Maria Felipe de Oliveira
Tendo poucos registros oficiais de sua existência, Maria Felipa é símbolo da tradicional oral baiana. Voluntária em campanhas de independência, liderava um grupo de mulheres conhecidas como "vedetas", que espionavam a movimentação de caravelas portuguesas, armavam trincheiras, cuidavam de feridos e ajudavam com mantimentos.
Maria chegou a reunir 40 "vedetas" para enganar navegadores portugueses e atacá-los. Graças à ação rápida dessas mulheres, foi possível impedir a tomada da Baía de Todos os Santos, o que consequentemente levaria a Salvador. Símbolo de resistência, Maria tornou-se uma figura lendária não somente na história, mas também na literatura brasileira.
Maria Leopoldina (1797-1826): foi ela quem assinou a Independência
A austríaca Maria Leopoldina foi fundamental para o processo de Independência. Ela geralmente é lembrada apenas como a esposa de D. Pedro I. Enquanto o imperador se mostrava muito conservador e obediente às ordens de Portugal, Leopoldina incentivava a desobediência e emancipação em relação a metrópole.
No ano de 1822, aconteceram diversos movimentos em todo o país e o imperador viajou para tentar contê-los. Enquanto estava em São Paulo e a imperatriz era a regente, ela recebeu a notícia de que mais de 7 mil soldados chegariam de Portugal para obrigá-los a voltarem ao país. No dia 2 de setembro de 1822, Leopoldina chamou o Conselho de Estado e assinou um decreto que tornava o Brasil independente de Portugal. Depois, escreveu uma carta ao D. Pedro I explicando o que aconteceu e pedindo que ratificasse a independência, o que ele fez dias depois, em 7 de setembro de 1822.