As bibliotecas

A palavra biblioteca, em grego, significa “caixa para guardar livros” e, por extensão, o local em que se guardavam obras escritas para serem lidas ou apenas consultadas. A origem das bibliotecas remonta à Antiguidade. A mais famosa delas foi construída  no século IV a.C., em Alexandria, no Egito, sendo considerada a maior e mais completa de sua época.

Contudo, o primeiro conjunto de material escrito reunido e organizado metodicamente foi a biblioteca de Assurbanipal, rei da Assíria, no século VII a.C. (a Assíria foi um Estado guerreiro, situado ao norte da Mesopotâmia, atual Iraque). Curiosamente, todo o material escrito consistia em tabletes de argila gravados com estiletes, pois essa era a forma de escrita em uso na região.

Já a biblioteca de Alexandria reunia 60 mil volumes, manuscritos em folhas de papiro ou pergaminhos (peles de carneiro, preparadas especialmente para servir como material de escrita), com textos em grego e em outras línguas. Em 640 d.C., esse valiosíssimo arquivo foi destruído pelos árabes, quando conquistaram o local.

Os romanos construíram numerosas bibliotecas públicas e, para oferecer uma maior disponibilidade de textos, desenvolveram a prática de reproduzir as obras escritas por meio de cópias manuscritas. Esse procedimento pode ser considerado o precursor da moderna produção editorial.

Na Idade Media...

Durante a Idade Média, a Europa Ocidental esteve sob o domínio cultural da Igreja Católica. Por essa razão, as bibliotecas ficaram restritas aos mosteiros.

A partir do século XIII, porém, começaram a surgir as universidades, que passaram a formar seus próprios acervos manuscritos.

A biblioteca no Renascimento

O Renascimento foi um grande movimento cultural que se manifestou no final da Idade Média e alcançou seu auge no início da Idade Moderna.

No período renascentista, além das bibliotecas particulares e a das universidades, surgiram grandes acervos, organizados pelos governantes da época, tais como a célebre Biblioteca Vaticana, em Roma, ou a Marciana, em Veneza.

Dos manuscritos ao livro impresso

Quando falamos em manuscritos, estamos nos referindo à escrita a mão: um processo lento e trabalhoso na elaboração e cópia de originais. Para facilitar a reprodução de textos, os chineses inventaram a xilografia, técnica que utilizava pranchas de madeira, nas quais os sinais gráficos eram esculpidos em relevo e aplicados sobre o papel como se fossem um carimbo.

Em 1455, esse processo foi aperfeiçoado pelo alemão Johann Gutemberg, conhecido como o “Pai da Imprensa”. Ele criou tipos móveis, feitos de metal, os quais podiam ser reaproveitados para imprimir textos diferentes. A partir daí, a imprensa desenvolveu-se extraordinariamente até chegar à informática, que facilitou o acesso ao conhecimento.