O poeta Luís Vaz de Camões é considerado o maior poeta português de todos os tempos. Sua lírica reúne elementos variados: temos a medida velha – redondilhos maiores (7 sílabas métricas), redondilhos menores (5 sílabas métricas) e a medida nova (versos decassílabos), utilizadas no período chamado pela literatura de Classicismo, porém alguns de seus sonetos já prenunciavam o estilo Barroco.
O eixo central da lírica camoniana é o amor concebido como uma força vital. Ele celebrou a beleza feminina, o prazer sensual e também sobre o amor espiritualizado, dito platônico. Além de poemas, Camões é autor de peças de teatro, canções e, claro, de sua obra prima: Os Lusíadas.
Os Lusíadas é um poema de gênero épico – poesia de tom elevado e heroico. O assunto é um grande episódio da conquista dos mares e o descobrimento do caminho para as Índias. A obra traz dez cantos (capítulos), cada canto possui 100 estrofes de 8 versos decassílabos com uma rima especial chamada oitava real.
Curiosidades:
Camões morreu no dia 10 de junho de 1580, em absoluta pobreza. Segundo alguns estudiosos, o poeta não tinha sequer um lençol para lhe servir de mortalha.
Em uma batalha contra os mouros, Camões foi ferido no olho e ficou cego. Há quem diga que o poeta perdeu a visão devido ao seu envolvimento com mulheres.
Em Chiado, Lisboa, podemos encontrar um monumento a Camões que é o mais antigo de Lisboa dentro do seu gênero. A figura é de bronze e tem 4 metros de altura, assente sobre um pedestal octogonal rodeado por oito estátuas.
Frases de Camões:
“O fraco rei faz fraca a forte gente.”.
“Ah o amor... que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê.”.
“Coisas impossíveis, é melhor esquecê-las que desejá-las.”.
“Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.”.
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança”.
“Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades.”.